Quem é professor, e quem será futuramente, já se deparou, ou provavelmente se deparará, em algum momento com eventual situação em que caso houvesse a sua disposição alguma ferramenta de aprendizagem on line, o processo de ensino/aprendizagem ficaria muito mais dinâmico e eficaz. Mas os problemas começam quando o professor não possui habilidades que o permite desenvolver nenhuma atividade on line sem o auxílio de outro profissional.
Dentro deste contexto, Tony Bates, em seu livro, cita três elementos que justificam a importância de se trabalhar em equipe como um importante requisito para se obter um padrão qualidade desejável, no que tange a esfera on line de aprendizagem. Mas só o trabalho em equipe por si só, garante uma qualidade na aprendizagem on line?
Devo assumir que alguns fatores precisam ser levados em consideração quando se fala em trabalho em equipe. Não é demérito algum o professor assumir que possui deficiência de habilidades para que seja possível o desenvolvimento de atividades voltadas ao âmbito on line, mas é imprescindível saber qual profissional solicitar o auxílio. Tony Bates, afirma que ninguém perde trabalhando em equipe, mas quando o auxílio é solicitado a um designer que não se considera apenas um conselheiro, e que o seu ego extrapola o está predisposto a ser feito, a liberdade acadêmica do professor está comprometida e o trabalho em equipe se torna insuportável. Assim, a escolha do profissional deve ser criteriosa e se possível já ter uma relação próxima de forma já conhecer sua ética, sua integridade, enfim, conhecer com quem você está disposto a trabalhar.
Outro ponto de discordância de Bates e que deve ser levado em consideração é a questão de gerir a carga de trabalho. O autor afirma que “só o gerenciamento da tecnologia vai ser um trabalho extra se os professores fizerem tudo sozinhos”. O sentido que pode ser dado a esta fala do autor, é que o professor precisa dividir, ou se eximir da tarefa. Ora, quando o professor se predispõe a iniciar uma atividade on line com os alunos para auxiliar no aprendizado, ele já deve ter em mente que tal atividade demandará tempo, trabalho, esforço por parte do professor. Se o problema é a falta de habilidade técnica para realizar a atividade, é aceitável o auxílio do profissional, mas segundo a fala do autor podemos entender até uma conotação pejorativa, de “preguiça” por parte do professor, passando a responsabilidade desta atividade para um designer.
Portanto, um trabalho em equipe pode sim ser uma boa saída para iniciar um trabalho para elevar o padrão do ensino on line, mas devemos ter claro em mente de que nem sempre o trabalho em equipe é sinônimo de qualidade e que o respeito mútuo dos membros da equipe é sempre bem vindo.
lefdsilva 